Achei muito interessante esta matéria que saiu no site Claudia, sobre como variam os tamanhos de uma loja para outra:
Nossa assistente de moda, Mirela Malaman, fez um teste: provou a mesma numeração de roupa em vários lugares e descobriu que seu manequim pode ser 34, 36, 38...
Na era do e-commerce, comprar uma roupa sem provar ainda é uma loteria  no Brasil. Nossas grifes não seguem um padrão nacional de medidas –  aliás, nem sequer existe um estudo antropométrico oficial, isto é, que  leve em conta as medidas básicas das brasileiras. Para ter uma ideia do  tamanho da encrenca, fiz um teste: estive em quatro lojas diferentes  provando a mesma peça, o short jeans, hit do verão. Minha numeração é  (teoricamente) 36.
  Na primeira, uma loja de departamentos, entrei no provador com cinco  peças. Três serviram, uma ficou grande e a última, pequena – precisei do  38. Depois tentei uma marca juvenil. De sete modelos 36, um caiu feito  uma luva e dois demandariam ajustes. Os demais estavam bem folgados. Em  um terceiro endereço, voltado para o público mais maduro, o menor que  encontrei foi o 38, em que caberiam uma Mirela e meia. Insatisfeita,  recorri a uma multimarcas que só comercializa jeans. Os importados deram  certo, mas teriam de ser ajustados na cintura, correndo o risco de  depois empacarem nos quadris. Dos nacionais, os tamanhos 34, 36 e 38 (!)  couberam.
  A boa notícia é que está no forno uma padronização coordenada pela  Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em parceria com várias  entidades de classe ligadas à moda. A ideia é que a gente consiga  identificar o vestuário certo pelas medidas do corpo. Das marcas que  aderirem ao padrão, que não será obrigatório, poderemos comprar uma  blusa, por exemplo, observando na etiqueta a faixa de medida de busto e  costas. Segundo Sylvio Napoli, da Associação Brasileira da Indústria  Têxtil (Abit), a norma já foi oficializada para o vestuário infantil,  segue adiantada para implantação no segmento masculino e mais tarde  valerá para o feminino.
  Enquanto a prática não se consolida, a marca Levi’s se adiantou e  passou a classificar suas peças de acordo com uma pesquisa que consumiu  um ano e meio e avaliou mais de 60 mil silhuetas femininas em 18 países,  inclusive o Brasil. Quem fica na dúvida sobre a categoria em que se  encaixa pode fazer um teste pelo site da Levi's .  Basta assinalar as formas mais parecidas com as suas e indicar os  problemas que enfrenta na hora de vestir um jeans comum, e então o  programa informa qual modelo da grife você deve buscar.
  Já representa um começo, mas ainda passaremos por provações em frente  ao espelho antes que seja criado um sistema sob medida para as curvas da  brasileira. Até lá, quando perguntarem a sua numeração, o jeito vai ser  responder: quem é que sabe, não é mesmo?
