País obteve Sender Score (Pontuação de Remetente) de apenas 16, enquanto o líder Canadá obteve 70 pontos e vice Estados Unidos conquistou 67, diz estudo
De acordo com nova pesquisa divulgada pela Return Path, o Brasil é um dos mercados com pior "reputação no envio de emails" no mundo.
O estudo ”Relatório 2012 Return Path Sender Score Benchmark – O Poder de Ser Ouvido” analisou os índices de reputação de mais de 130 milhões de endereços de IP, que enviaram quase 20 trilhões de emails para ISPs (provedores de serviços de internet, em inglês), de janeiro a dezembro de 2011, usando o Sender Score (Pontuação de Remetente). É um índice de reputação de remetente de email e uma mensuração das mesmas métricas que os ISPs utilizam na tomada de decisões sobre entregabilidade.
“Com uma taxa de reclamação de 3%, taxa de usuário desconhecido de 7% e taxa de spam traps próxima de 5%, os profissionais de marketing brasileiros têm um longo caminho pela frente para resolver seus problemas de entregabilidade e reputação”, afirma Louis Bucciarelli, Diretor Geral da Return Path no Brasil. “O mercado brasileiro de email marketing é relativamente novo e ainda luta para ter melhor reputação e maior entregabilidade. O país ainda envia muitos emails que são considerados spam, o que está afetando negativamente a média geral de Sender Score”, acrescenta.
Para cada endereço IP, a companhia registrou o total de mensagens enviadas, entregues e bloqueadas. Também verificaram taxas de usuários desconhecidos, reclamações e “spam traps” (armadilhas) para cada um. Depois, atribuíram a cada IP seu próprio Sender Score, com base nesses pontos de dados.
Oitenta e cinco por cento dessas mensagens foram classificados como spam. As empresas com reputação do remetente ou pontuações acima de 90 têm 95% de suas mensagens entregues, em média, enquanto aqueles com reputações menores, com índices entre 60 e 89, que representam a maioria das empresas, possuem taxas de entrega médias de apenas 68%.
Nosso país obteve Sender Score de apenas 16, enquanto o Canadá, líder de boa reputação, obteve 70 pontos. Em segundo vieram os EUA, com 67. Isso acontece pelo fato de os ISPs continuarem tornando mais seguros seus métodos de filtragem, fazendo com que um grande número de remetentes de emails com baixa reputação seja identificados como spammers.
Infográfico mostra caminho que e-mail percorre até chegar à caixa de entrada do usuário (clique para aumentar)
"Grandes avanços estão sendo feitos no setor para derrubar botnets - os provedores estão usando métricas muito mais rigorosas para filtrar spams, o que está criando cada vez mais dificuldades para que os remetentes consigam ingressar na caixa de entrada", disse Matt Blumberg, CEO da Return Path.
Em decorrência disso, remetentes com Sender Score entre 50 e 70 acabam sendo identificados como enviadores de spam. As empresas precisam monitorar sua reputação continuamente, já que caso disparem campanhas diária ou mensalmente é fácil ser visto como spammer e bloqueado por isso. Ter uma boa pontuação (reputação) é o fator mais relevante para conseguir acesso na caixa de entrada das pessoas.
Para estudar a reputação de remetentes entre os setores globais e da indústria, a empresa examinou os principais fatores que afetam a entrega na caixa de entrada. São eles: 1) As taxas de usuários desconhecidos ou aqueles endereços de email que não estão mais em uso; 2) As taxas de reclamações, quando os destinatários de email marcam uma mensagem como spam e 3) spam traps definidos pelos ISPs para pegar spammers.
A maioria dos setores da indústria ficaram na média ou perto das médias globais, mas houve muita diferença em algumas categorias. As principais armadilhas de spam foram os remetentes de redes sociais, porque as mesmas se utilizam dos "catálogos de endereços" de seus usuários atuais.
Isso significa um grande risco, já que a maioria dos destinatários não gerencia seus e-mails ativamente, resultando em muitos emails não utilizados ou abandonados. Como consequência, sites de redes sociais bateram uma média de 20 armadilhas de spam. Juntamente aos jogos, tiveram o maior grau de usuários desconhecidos, em torno de 5%, pelas mesmas razões mencionadas. Bancos, varejo e redes sociais tiveram a mais alta taxa de reclamação, chegando a mais de 3%, considerando que, em média, outros setores tiveram taxas de reclamações de 2%.
