Para comemorar a data, o iCarros criou um top 10 com as principais fases da guerreira, desde a sua chegada como importado, passando pelos mais de 100 países que já compraram a versão fabricada aqui até um conceito baseado no modelo, mostrado pela Volkswagen durante a conferência Rio+20.
Veja:
Clássico brasileiro com coração holandês
A Kombi é um dos modelos mais famosos do Brasil, mas sua criação não é assinada por um brasileiro. O modelo foi projetado pelo holandês Bem Pon na década de 40. A ideia era criar um veículo de carga nas mesmas linhas do Fusca, que pudesse ser bastante resistente e levasse um conjunto mecânico simples, conhecido pela confiabilidade e facilidade de se trabalhar. O resultado pode ser avaliado pelos números: desde seu lançamento, em 1950, na Alemanha, até julho de 2012, foram produzidas mais de 1.500.000 unidades da Kombi em todo o mundo.
Início da fabricação
A primeira unidade brasileira saiu da linha de produção da Volkswagen em 2 de setembro de 1957. No começo de sua história no Brasil, a Kombi era montada com boa parte de peças importadas. Segundo a Volkswagen, o índice de nacionalização do modelo era de 50% na época em que a Kombi era equipada com motor 1.2 a gasolina com 36 cv de potência. O sucesso no mercado foi grande e, quatro anos depois, o carro ganhou as versões de luxo e standart com transmissão sincronizada. Foi nessa época em que a montadora decidiu registrar o modelo como um legítimo brasileiro e começou a fabricar 95% das peças do carro em solo nacional.
Passaporte é brasileiro
Desde 1970, a Kombi brasileira é exportada. Até hoje, mais de 100 países já receberam o modelo que é fabricado na planta da Volkswagen de São Bernardo do Campo (SP). Mercados como Argentina, Chile, Peru, México e Uruguai são os principais compradores, mas os apaixonados pelo modelo estão espalhados pelo mundo todo. O T2, como é conhecido o carro no mercado europeu, é exportado para a Europa. Por lá, a Kombi é considerada um ícone e ganha versões customizadas transformadas em Camper, como é conhecido as configurações que deixam a Kombi com cara de um verdadeiro motorhome.
Novos motores
Em 1967, quando a Volkswagen lançou a famosa versão picape da Kombi, a montadora também incluiu o motor 1.5 no modelo que veio junto ao sistema elétrico de 12 volts.
Mudando para melhor
A Kombi já passou por muitas modificações. Sua carroceria ganhou versões de cabine dupla, picape e furgão, sem contar a mudança dos motores. Em 1975, a Volkswagen aposentou o 1.2 e deu lugar ao motor 1.6 que, três anos mais tarde, ganhou dupla carburação. Um bloco movido a diesel e refrigerado a água também integrou a linha da marca em 1981. Nos dois anos seguintes, o carro incorporou motor movido a etanol e reformulação interna, que transformou o painel e o volante, e levou o clássico freio de mão, que antes ficava no assoalho, para debaixo do painel.
Não parou por aí...
Depois das versõe a diesel e da carroceria cabine dupla, foi a vez de alguns ajustes internos deixarem o modelo mais confortável e confiável. A montadora incluiu cinto de segurança de três pontos, bancos dianteiros com encosto de cabeça e temporizador para o limpador de para-brisa. Segurança também foi um item aprimorado com a chegada do sistema servo-freio com discos à frente e válvulas moduladores de pressão para as rodas traseiras.
Vida nova
Em 1997, a Volkswagen decidiu dar vida nova ao modelo que levava design com poucas alterações desde o lançamento. A partir deste ano, a Kombi ganhou teto mais alto, porta lateral corrediça e perdeu a "parede" que dividia o habitáculo do compartimento de cargas. Porém, esses detalhes chegaram com atraso ao Brasil. Ainda fabricada em outros países, a Kombi já contava com estas novidades desde 1976, que só chegaram à versão brasileira 20 anos depois.
Modernizou com motor 1.4 Total Flex
Quarenta e oito anos após seu lançamento, a Kombi recebeu um motor mais moderno com refrigeração a água mesmo na versão movida a etanol e gasolina. O 1.4 TotalFlex que gera 80 cv com combustível à base do combustível derivado da cana de açúcar e 78 cv com gasolina, continua equipando o modelo até hoje. Mais de 170 mil unidades da Kombi equipadas com este propulsor já foram vendidas.
1,5 milhão de unidades
A presença massiva do modelo pelas ruas do Brasil faz com que seu sucesso como um carro de bom desempenho e praticidade seja incontestável. Em novembro de 2011, a Volkswagen atingiu a marca de 1,5 milhão de Kombi produzidas no Brasil, sendo que 93% desse volume (1,4 mi) roda nas ruas do Brasil. Quando a Volkswagen anunciou a marca, o gerente-executivo de vendas de comerciais leves da marca, Marcelo Olival, comentou que a praticidade do modelo firma seu sucesso no mercado, "A Kombi não tem concorrentes diretos no mercado nacional, pois não há maneira mais barata e eficiente de se transportar uma tonelada de carga coberta", comentou o executivo.
A Kombi do futuro
Em junho deste ano, o Rio de Janeiro recebeu a conferência Rio+20, uma reunião entre as principais potências do mundo que tinha como objetivo discutir o futuro da Terra por temas que envolvem a atual situação do meio ambiente. Pegando carona no assunto, a Volkswagen trouxe ao Brasil o conceito e-Bulli, uma espécie de Kombi do futuro, que tem desenho baseado na Kombi atual, mas que leva motor elétrico como principal fonte de propulsão. Segundo a Volkswagen, o e-Bulli tem motor que produz 85 kW de potência e 27,5 mkgf de torque. Acoplado ao bloco e funcionando como fonte secundária de energia, a "Kombi do futuro" também tem outras opções de bloco entre 1,0 e 1,4 litro.
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