segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Movimento Outubro Rosa

O Movimento Outubro Rosa promove conscientização sobre o câncer de mama.


O movimento Outubro Rosa pretende conscientizar as mulheres sobre a importância de se realizar anualmente o exame preventivo – a mamografia – para monitorar a saúde das mamas. Tipo de câncer mais comum entre as mulheres, o câncer de mama é e o segundo mais frequente no mundo - só no Brasil, foram registrados mais de 52 mil casos no ano passado.

Criado nos Estados Unidos na década de 1990, o Outubro Rosa é um movimento popular do qual participam instituições governamentais, empresas e entidades da sociedade civil, como a ONG Américas Amigas. Criada em 2009 para doar mamógrafos a hospitais, a ONG vem promovendo ações em São Paulo (SP) ao longo de todo o mês. Dentre elas, a iluminação rosa do shopping Iguatemi, a distribuição de panfletos informativos em shoppings, a realização de palestras em empresas e uma parceria com a companhia aérea Gol, cujos funcionários utilizaram no uniforme o laço rosa, símbolo do movimento, também colocado nas janelas de algumas aeronaves.

Andréa Ferreira, vice-presidente da ONG, conta que a entidade investiu na conscientização porque acredita na prevenção como melhor maneira de diminuir a letalidade do câncer de mama. “Se você detecta a doença precocemente, há até 95% de chance de cura. Mas, sem o exame anual, o câncer é descoberto num estágio avançado e aí a letalidade é maior”, afirma. Para ela, muitas mulheres não fazem a mamografia por medo e pelo câncer ser um tabu para a família. “Estamos falando de uma mulher de classe média baixa que trabalha, sustenta os filhos e cuida da casa. É muito pressão em cima dela”, afirma.

A Américas Amigas foi criada por iniciativa da ex-embaixatriz americana no Brasil, Barbara Sobel, e suas amigas. Até hoje já foram doados 22 mamógrafos, incluindo dois para a Marinha brasileira, que percorre as áreas ribeirinhas da região Norte em navios. O 23º aparelho será entregue em novembro para o Hospital Geral de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

Para que um hospital se candidate a receber um aparelho, segundo Andréa, é necessário responder a um criterioso questionário, avaliado posteriormente por um conselho de três médicos, e se comprometer a enviar à ONG um relatório trimestral informando a quantidade de exames realizados por mês. “Não queremos apenas deixar a máquina. Fazemos questão de acompanhar para saber que tipo de problema os hospitais enfrentam”, explica Andréa. A estimativa é de que cerca de 180 mil procedimentos em 150 mil mulheres já tenham sido realizados até hoje nas máquinas doadas.


Saiba mais a respeito: Americas Amigas