domingo, 19 de maio de 2013

Como são criados os nomes de cores de esmaltes?


Fabricantes unem marketing, pesquisa de tendências e uma boa dose de criatividade no desenvolvimento dos nomes dos produtos.

Risoto de mandioquinha, manjar de tapioca e suflê de goiaba: você pode pensar que está em frente a um bufê de pratos típicos brasileiros, mas trata-se de uma linha de esmaltes. Em um mercado aquecido e ávido por novos lançamentos – segundo a Nielsen, as vendas cresceram 17,4% de janeiro a junho deste ano em comparação com 2011 –, as empresas do setor buscam referências em diferentes fontes para elaborar novas coleções.


Por isso, toda a criatividade é pouca para chamar a atenção das consumidoras. A Risqué, por exemplo, foi buscar na culinária a inspiração para uma das linhas da Coleção Primavera/Verão 2013. “O que buscamos com essa coleção é abraçar um tema, a gastronomia, combinando o que é genuinamente brasileiro com a influência internacional”, diz Daniella Brilha, diretora de marketing da Risqué. As seis cores da linha formam um menu completo – da entrada ao café. A refeição de cores começa com Geleia de Pitanga e se encerra com Marshmallow de Alfazema.

Mas como são criados os nomes?

Segundo Daniella, da Risqué, a criação de nomes, assim como os conceitos de cada coleção são responsabilidade da equipe de marketing. O processo envolve pesquisa de tendências, moda nacional e internacional, hábitos e também uma boa dose de criatividade coletiva. "É um processo de construção livre, em que nenhuma ideia é descartada, mesmo as mais diferentes e não convencionais. A ousadia é amplamente incentivada", diz. De acordo com ela, a Risqué possui hoje 118 cores de esmalte em seu portfólio regular, mais a coleção vigente de 6 cores.


Na Colorama, o processo de criação de uma coleção é feito de maneira conjunta. Segundo Renata Leite, gerente de marketing de Colorama, participam do trabalho o time de marketing responsável pelo desenvolvimento de produtos, a agência de comunicação, com as áreas de criação e planejamento estratégico e, na fase final, o departamento jurídico. "No total cerca de 12 pessoas chegam a ser envolvidas de alguma maneira. Após análise de vários fatores, são definidos o tema e as cores que refletem esse ambiente", diz. De acordo com ela, a empresa lança cerca de quatro coleções, trazendo ao mercado cerca de 35 a 40 novos esmaltes por ano.

Segundo Renata, os nomes entram na parte final do processo de criação, depois que o tema, as cores e a coleção já estão definidos. "O nome da cor normalmente representa parte do conceito da coleção, não necessariamente tendo uma ligação direta com a cor em si", diz. A diretora afirma que a preferência é por nomes mais curtos, para uma memorização e leitura mais fáceis. 

O que será tendência no verão?
Como na moda, as cores de esmaltes seguem tendências que refletem o astral e o clima das estações. Na opinião de Renata, da Colorama, para o verão a pedida são cores vibrantes e intensas. "Notamos nas passarelas a frequente inspiração em cores puras e primárias, com uma paleta 'lápis de cor': passando por tons de laranja, vermelhos, verdes, azuis, pretos e até brancos perolados para quebrar um pouco a força das cores", diz. Para ela, o laranja continua sendo uma grande aposta, assim como os tons de azul caneta e verde pistache.

Daniella, da Risqué, concorda com a receita de tons vibrantes. Na coleção Primavera/Verão da marca há cores como o esmalte Risoto de Mandioquinha, um laranja moderno e divertido, o esmalte Caipiroska de Curaçao, um azul turquesa metálico, e o esmalte Geleia de Pitanga, um vermelho vibrante com toque alaranjado.