domingo, 2 de fevereiro de 2014

Quem acredita em superalimentos?


Lenda urbana no prato. Será que existem mesmos os chamados superalimentos? Na Europa, o termo foi banido por provocar interpretações duvidosas. Afinal, o que há por trás deste rótulo que está na moda?

Tudo começou no início dos anos 1990, quando foi lançado o livro Superfoods, de Michael Van Straten. Com esta obra, o autor apresentou ao mundo o que chamou de “superalimentos quatro estrelas”, cujos componentes são capazes de nos tornar mais resistentes contra os males do stress, doenças e infecções. Na época, a lista apresentou algumas supresas

De la para cá, o termo ganhou fama e sempre que um “novo” alimento entra no mercado, é classificado como super. Já vimos acontecer com o amaranto, a chia e a goji berry. Recentemente, apresentamos o menor grão do mundo, o teff. E hoje estão falando da frutinha japonesa yuzu. Como sabemos que as estratégias das empresas valorizam mais o marketing que qualquer coisa, ficamos desconfiadas.

Pois estudo conduzido pelo Johns Hopkins School of Medicine, publicado recentemente no Annals of Internal Medicine, afirma que nós, humanos, não precisamos de nada disso. Principalmente aliementos antioxidantes. Um dos autores, Edgar Miller, afirma que “em geral, estamos superalimentados e nossa dieta é completamente adequada”.

Por conta desta desconfiança na eficácia do consumo desta categoria de alimentos, em 2007 a União Européia baniu o uso da palavra “superalimento” em propaganda e embalagens. Segundo o argumento utilizado, está certo dizer que uma dieta saudável melhora nossa condição física geral. Entretanto, é improvável que apenas um alimento possa ganhar crédito pelos benefícios.

O melhor é seguir o conselho dos médicos e especialistas em nutrição consultados. O de que devemos colocar no prato variedade de alimentos, e quanto mais cores diferentes, presentes em vegetais e grãos, melhor.