segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dica: Como comprar um tablet

Com o sucesso do iPad, uma onda de tablets inundou o mercado e muitos mais estão à caminho. Mostramos o que você deve levar em conta antes de comprar.

À medida em que mais e mais tablets chegam ao mercado, prepare-se para ficar impressionado ao descobrir do que eles são capazes. Mas prepare-se também para ficar desapontado: muitos dos modelos atualmente nas lojas tem “pegadinhas”, especialmente os menos sofisticados anunciados a preços “imperdíveis”.

No Brasil já é possível encontrar o Samsung Galaxy Tab, iPad, Motorola Xoom e ZTE v9, só para citar alguns dos produzidos por grandes fabricantes, e estão a caminho o Samsung Galaxy Tab 10.1, LG Optimus Pad e provavelmente o ASUS EeePad Transformer. Sem falar nos inúmeros modelos de fabricantes chinesas desconhecidas que pipocam aqui e ali.

Mas antes de comprar, respire fundo: um bom tablet pode mudar seus hábitos de entretenimento e a forma como você acessa a internet, mas um modelo ruim só irá trazer decepção e prejuízo. Preste atenção em nossos conselhos abaixo e você terá a certeza de um bom negócio.

1. Se a esmola é grande, desconfie!

Um tablet por R$ 500 pode parecer muito atraente, mas o preço baixo tem seu motivo. Ele tipicamente não terá o poder de processamento, capacidade de memória, resolução e tamanho de tela ou agilidade dos modelos mais caros (ou uma combinação de duas ou mais destas características), necessários para uma experiência satisfatória.

Modelos com processador de menos de 1 GHz serão lentos, especialmente para jogos. Evite as telas “resistivas”, muito menos sensíveis que as telas capacitivas do iPad e outros modelos high-end e incapazes de recursos como o multitoque, essencial em muitos aplicativos.

A resolução de tela também é importante: 1024 x 600 pixels em uma tela de 7 polegadas (a resolução do primeiro Samsung Galaxy Tab) é o mínimo em um tablet, especialmente para quem gosta de navegar na web. O resto é “smartphone gigante”.

2. Um contrato limita sua capacidade de fazer upgrade
Muitas operadoras oferecem tablets com 3G por preços atraentes se combinados a um contrato de serviço, tipicamente de 2 anos, com uma mensalidade pré-estabelecida. O problema é que depois de assinar o contrato você não poderá mudar de plano (ou de operadora) antes do fim do contrato sem pagar uma multa. E no mercado de tablets, onde a tecnologia evolui rapidamente, dois anos é uma eternidade!

Dois anos atrás o iPad sequer existia, e hoje já temos o poderoso iPad 2. Mesmo seis meses fazem uma grande diferença: seis meses atrás o Galaxy Tab estava chegando ao mercado, e hoje já estamos nos preparando para um sucessor com tela maior, processador mais rápido e um sistema operacional radicamente diferente.

Antes de comprar um tablet com contrato, faça uma lista do que você quer/espera e certifique-se de que o modelo que escolheu atende às suas necessidades, e que não é só um “tapa-buraco” até a chegada do modelo que você realmente deseja às lojas (embora sempre haja um “modelo melhor” a caminho). Se não estiver completamente satisfeito, guarde o dinheiro e espere mais um pouco.

3. Em tablets Android, fique de olho nos serviços do Google
O sistema operacional Android é Open Source. Isso significa que qualquer fabricante pode baixar o código-fonte e criar uma versão para seus aparelhos, sem pedir permissão ou pagar nada à Google.

Mas muitos dos aplicativos que são parte fundamental da experiência com um tablet Android, como o Android Market (a loja de aplicativos), Gmail, Google Maps e YouTube são proprietários, e só podem ser inclusos em aparelhos aprovados pela Google. É comum encontrar tablets de baixo custo, não aprovados, sem estes aplicativos instalados. E sem acesso ao Android Market nem é possível baixá-los.

É verdade que há várias lojas alternativas de aplicativos para aparelhos Android em operação, como a App Brain, Amazon App Store e a líder de mercado GetJar. Mas elas não são o Android Market oficial, e tem um catálogo de títulos reduzido. Quanto mais completa a “experiência”, mais satisfeito você ficará com seu tablet. Pense nisso antes de comprar.

4. Dê uma boa olhada no iPad
O iPad original já tem um ano de estrada, mas ainda é o padrão contra o qual muitos outros tablets são comparados e recentemente teve o preço reduzido com o lançamento do iPad 2. Ele pode não ter o processador dual-core ou as câmeras de seu irmão mais novo, mas tem uma ótima tela de 9.7 polegadas, bateria com autonomia para 10 horas de uso (reais!) e mais de 75 mil aplicativos à disposição, além de poder suficiente para navegar na web, exibir vídeos e rodar jogos com desenvoltura. Um iPad Wi-Fi de 16 GB tem a melhor relação custo-benefício entre todos os tablets atualmente à venda no mercado nacional.


Fonte:  PC World