Embora as Escrituras Sagradas sejam bem claras na questão do divórcio, muitas pessoas têm sido vítimas de má orientação dentro das igrejas, tomando decisões erradas e pagando um preço alto por isso.
Mas, afinal, o que é certo e o que é errado? O que a Bíblia diz a respeito? Qual foi a orientação que Jesus deixou sobre essa questão tão polêmica?
O divórcio não é um assunto novo na humanidade; bem antes de Jesus vir a este mundo o assunto já provocava mal-estar em muita gente.
O que diz a Bíblia? Em Mateus 19.9, está escrito: “E eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.” Deuteronômio 24.1-4, Mateus 5.31-32, Mateus 19.3-9, Marcos 10.2-12, Lucas 16.18 e Romanos 7.1-3 são também exemplos de trechos da Bíblia que tratam do tema divórcio.
Se por um lado há muitos extremos, por outro também há posicionamentos e ideias que não tem nada a ver com a Palavra de Deus sobre o divórcio. O dever do cristão e principalmente dos pastores é averiguar as Escrituras e descobrir o que elas dizem sobre o assunto.
A responsabilidade maior fica com os pastores, pois eles têm a obrigação de orientar o seu rebanho sobre o assunto. Isso se chama compromisso com a verdade divina. Paulo agiu dessa forma em Atos 20.27.
O povo de Deus precisa de orientação sobre o assunto. Omitir para não se expor é no mínimo covardia. Enquanto não há orientação correta, famílias vão se desfazendo como se fossem poeira no vento.
Algumas pessoas sofrem um fardo desnecessário de culpa e angústia nocivas em relação ao divórcio. A Palavra de Deus é bem clara a esse respeito: não há confusão, o homem é quem complica. Jesus fala claramente que o divórcio ou o repúdio da esposa de algum indivíduo não é legal, exceto por um motivo. Então, há um motivo, e somente um, pelo qual um ser humano casado pode se divorciar de seu cônjuge respaldado na palavra de Deus.
O homem e a mulher, hoje, justificam vários motivos para obter a carta de divórcio. A violência do cônjuge, a crueldade, o alcoolismo, a falta de apoio, o cárcere, a hospitalização, um estágio de loucura, o relaxamento em suas funções e responsabilidades, incompatibilidade de gênio, entre outras inúmeras razões. No caso da Igreja Romana, o casamento pode ser dissolvido se um dos cônjuges decidir tornar-se monge ou freira.
Jesus, porém, não justifica nenhum desses motivos como base para uma carta de divórcio. Segundo Ele, só há uma razão bíblica e legítima para o divórcio, que é a fornicação ou o adultério por parte de um dos cônjuges.
Há, porém, aqueles que defendem que não há NENHUM motivo bíblico para o divórcio, nem mesmo o adultério. Esse posicionamento é do homem, não de Deus. Basta levar em conta declarações explícitas de Jesus.
O adultério justifica um divórcio porque desfaz o matrimônio, destrói a essência do casamento, a relação em que apenas uma única carne existe, descrita por Jesus em Mateus 19.5-9.
“Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne. Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem". (qual cap. e vers. da Bíblia?) Após fornicação ou adultério, os cônjuges não são mais uma só carne.
Observe o que Paulo diz em I Coríntios 6.16: “Ou não sabeis que o que se ajunta com uma meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois uma só carne." Ora, se um homem se torna uma só carne com uma meretriz, como pode ser uma só carne com sua esposa? Não se refere ao que é decidido em tribunais ou igrejas. O adultério rompe com o relacionamento de uma só carne existente no matrimônio.
Por essa razão, toda vez que um casal se divorcia por qualquer motivo que não seja o adultério e se casa novamente, comete adultério. Mesmo que o divórcio seja reconhecido por lei ou por alguma igreja, afinal, o laço não foi rompido.
Uma pessoa divorciada não comete adultério casando de novo se o motivo de seu divórcio foi um adultério. No livro de Ezequiel 18.20, está escrito: "A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.". Cada pessoa responderá pelos seus próprios pecados. Deus não castigará uma esposa inocente para o resto de sua vida devido aos pecados cometidos por seu marido e vice-versa.
Um divórcio bíblico estabelece que o matrimônio anterior já não existe mais. O marido anterior já não é marido, e a esposa anterior já não é esposa.
No livro de Oséias 2.2 relata um fato bastante interessante. Quando Deus se divorciou de Israel devido ao adultério espiritual dela, disse: "Ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido.” Ou seja, cada caso é um caso, sim, mas não para um divórcio. Um cristão que decide pelo divórcio sem que seja por motivo de adultério, jamais conheceu o amor de Deus porque Ele mesmo declarou a seus filhos com todas as letras: “Eu odeio o divórcio.”(Malaquias 2:16)
Por Nilbe Shlishia
Fonte: Terapia do Amor