Note que eles fornecem apenas parte da informação de que você precisa para se decidir pela compra. Obviamente há características como o preço, design e confiança na marca, que você também tem de levar em conta e que não cobrimos aqui. Encare nossas dicas como um “critério de desempate”. 
O número de testes que você poderá realizar varia de loja para loja. Em algumas você irá encontrar máquinas funcionando e prontas para o uso (e teste), enquanto em outras verá máquinas “trancadas” (protegidas com senha, ou atrás de um painel de acrílico) ou sequer ligadas.
Nosso conselho? Compre nas lojas que permitem que você experimente o produto. E evite aquelas que insistem em manter nas mesas e prateleiras computadores sujos, com teclas faltando ou telas rachadas (acredite, já vimos isso!): se elas mal se preocupam em atrair o consumidor, imagine como é o pós-venda!
1. Meça o tempo de boot
Demora no boot pode ser indício de HD lento ou pouca memória
Usando um cronômetro no seu relógio ou smartphone, meça o tempo que a máquina leva entre você apertar o botão de força para ligá-la e o desktop do Windows surgir na tela. Quanto menor, melhor. Demora no boot pode significar um disco rígido lento ou pouca memória, e isso irá se traduzir em mais tempo na hora de abrir aplicativos (veja o item 5), o que acaba causando irritação e frustração no dia-a-dia.
2. Confira o ângulo de visão
Olhe para o monitor de diferentes ângulos, vertical e horizontalmente. Sente-se em frente à máquina e ajuste o ângulo do monitor. Se as cores mudam com o menor movimento, a imagem fica rapidamente lavada ou perde o brilho, evite. Ela não vai ser uma boa opção na hora de ver fotos ou vídeos.
3. Fique de olho na tela
Visite um site com padrões de teste para monitores (como este) e observe a imagem sob vários níveis de brilho. As fontes pequenas são legíveis? É possível distinguir entre os tons mais escuros da escala de cinza? O tom de pele no retrato é natural? É fácil distinguir entre todas as 24 cores no canto inferior esquerdo? Tudo isso é importante se você pretende assistir filmes em seu notebook, ou mesmo retocar as fotos da viagem de férias com a família.
Veja também se o monitor não sofre com reflexos excessivos, e confira o brilho máximo (se possível, com as máquinas lado-a-lado). Embora ninguém vá usar um LCD com brilho máximo dentro de casa, isso é importante se você pretende usar o notebook ao ar livre. Quanto mais brilhante a tela, mais fácil será para ver a imagem.
4. Experimente o teclado
Um teclado ruim pode fazer você cometer erros de digitação em excesso
Este é um ponto subjetivo: pessoas diferentes gostam de teclados  diferentes. O ponto chave aqui é ter certeza de que você se sente  confortável com ele. Abra o bloco de notas e digite um ou dois  parágrafos. Você consegue digitar rapidamente e com precisão? Ou cometeu  muito mais erros do que de costume? Nesse caso, você pode estar diante  de um teclado ruim.Se a máquina estiver conectada à internet, faça um teste gratuito de digitação (leva só um minuto) em www.typingtest.com e compare sua pontuação entre várias máquinas. 
5. Abra alguns aplicativos
Abra alguns dos programas pré-instalados e veja o quão rápida é a  máquina nessa tarefa. Dê preferência a programas instalados em todas as  máquinas que você está considerando (como o Word, por exemplo) para que  você possa comparar diretamente a velocidade entre elas. Não use  navegadores nesse teste, já que o tempo para “abrir uma página” depende  mais da conexão de rede na loja do que do desempenho do hardware em si.
Abra alguns sites e documentos e tente rolar a tela usando o  touchpad. Veja se ele responde rapidamente aos seus gestos. Se for um  touchpad “multitoque” abra uma imagem e experimente aproximá-la ou  afastá-la (usando o gesto de pinça como em um tablet) e veja como a  máquina responde. Ao fazer o teste de digitação (veja o item 4) fique  atento à posição dos pulsos: a máquina ignora quando eles esbarram no  touchpad (o correto), ou registra um toque e tira o cursor da posição,  “bagunçando” o texto?
7. Preste atenção ao peso e à bateria
Não dá pra testar a autonomia de bateria de um notebook na loja, mas  dá para tirar algumas conclusões baseadas no que os fabricantes  informam: baterias são compostas por múltiplas células que armazenam  energia. Se você tem duas máquinas com processador e tela similares (ex:  dois Core i5 com tela de 15”) um modelo com uma bateria de “seis  células” provavelmente irá durar mais que um com bateria de “três  células”.
Não confie cegamente nos números de autonomia mencionados pelos  fabricantes. Eles são obtidos com a máquina sob condições ideais, longe  do que acontece durante o uso normal. Ao longo de anos de testes,  chegamos à conclusão de que você pode tirar 30% do tempo anunciado para  chegar a uma estimativa de autonomia mais realista. Ou seja, uma máquina  que o fabricante anuncia como tendo “5 horas” de bateria na prática  deve aguentar três horas e meia sob uso típico.
Por fim, não desconsidere o peso da máquina, especialmente se você  pretende carregá-la durante o dia inteiro. 300 gramas a mais podem não  parecer muito no papel, mas sua coluna com certeza irá sentir a  diferença no final do dia. Quanto mais leve, melhor.
Via PCWorld EUA e PCWorld Brasil


