quinta-feira, 22 de julho de 2010

Como reconhecer combustível adulterado


Nem sempre é possível identificar rapidamente quando o carro foi abastecido com combustível adulterado. Muitas vezes, uma quantidade menor de solvente pode inibir os efeitos danosos no sistema de injeção eletrônica. Por isso, é bom ficar atento aos sintomas mais comuns que o carro pode apresentar. Um deles é o consumo maior de combustível, porque a injeção eletrônica é auto-ajustável e vai consumir mais se a queima do combustível naco corresponder à potência exigida pelo carro.

A Oficina Brasil - rede de franquias de serviços automotivos especializada em hipermercados - está orientando os consumidores na identificação e cuidados para agir a tempo, caso o carro tenha sido abastecido com combustível adulterado.

Segundo Valestan Ferreira da Silva Junior, consultor de campo e técnico em injeção eletrônica da Oficina Brasil, Além do consumo maior da gasolina ou álcool, a luz da injeção eletrônica também pode começar a acender sem nenhum motivo aparente. “Também é comum perceber que o carro começa a falhar de repente ou a perder o rendimento. Em alguns casos, pode ocorrer até a parada total do veículo”, explica Valestan.

Uma vez identificado o problema, o técnico da Oficina Brasil recomenda levar imediatamente o automóvel a um mecânico de confiança para fazer um diagnóstico computadorizado do combustível no sistema de injeção. “Com a alta dos combustíveis e um controle mais rígido de seu preço pelo governo, alguns postos de abastecimento costumam recorrer à misturas ilegais, como adição de mais álcool (além dos 25% permitidos) ou mesmo água na gasolina ou, ainda, a colocação no combustível de solventes químicos industriais. Seja qual for a adulteração, ela traz evidentes alterações no desempenho do veículo e sérios prejuízos ao funcionamento e à vida útil do motor”, alerta ele.

Os passos para o conserto do carro vão depender da quantidade de combustível adulterado encontrado no veículo. “Os procedimentos podem ser desde esvaziar o tanque e realizar uma simples limpeza, até ter de trocar mangueiras de pressão e filtro de combustível. Nos casos mais danosos, quando a quantidade de solvente encontrada é muito grande, o combustível adulterado pode chegar a corroer a cabeça de pistão e as válvulas”, acrescenta Valestan.

Por fim, o ideal, segundo o técnico é trocar o filtro de combustível a cada 10 mil quilômetros. Também é bom pedir sempre o teste de combustível no posto de gasolina, que é obrigado a realizá-lo na frente do consumidor e, é claro, procurar abastecer sempre no posto de sua confiança.

Fonte: Mulher ao Volante