Os brasileiros esperavam uma visita desde que Obama assumiu o poder, em janeiro de 2009, mas a expectativa da viagem foi ficando cada vez mais distante, em meio a um certo esfriamento nas relações durante os últimos anos do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Foi um período marcado por posições divergentes em temas como a crise em Honduras, disputas comerciais e, principalmente, o programa nuclear do Irã. Com a posse de Dilma Rousseff, criou-se a expectativa de um recomeço nas relações bilaterais.
"O povo do Brasil deve saber que o futuro chegou. Está aqui, agora", afirmou o presidente, muito aplaudido pela plateia de mais de 2 mil pessoas, entre convidados, autoridades dos dois governos e jornalistas.
A conquista de uma vaga permanente no Conselho de Segurança (CS) da ONU é uma ambição antiga da diplomacia brasileira, e o governo brasileiro gostaria que Obama manifestasse seu apoio a isso publicamente durante a visita, como fez no ano passado, quando esteve na Índia.
Em um momento em que o petróleo registra preços recordes e nações produtoras no Oriente Médio e no norte da África estão em crise, o presidente americano, Barack Obama, chega ao Brasil de olho no potencial do país de se tornar um grande fornecedor para os Estados Unidos no futuro.
"Está na hora de os Estados Unidos tratarem nosso engajamento com o Brasil em questões econômicas de maneira tão séria como fazemos com nações como a China e a Índia", disse Obama, ao anunciar a assinatura de um acordo para criar um novo diálogo econômico e financeiro entre os dois países.
"Esse diálogo vai nos ajudar a fazer isso", afirmou o presidente a uma plateia formada por empresários dos dois países reunidos na Cúpula Empresarial Brasil - Estados Unidos, em Brasília.
O presidente americano fez de sua passagem por Brasília um esforço para aumentar as oportunidades de comércio e investimentos, em um momento em que a economia americana enfrenta uma recuperação mais lenta do que o esperado e uma taxa de desemprego de 9%.